Friday, April 23, 2010

Abundância

Durante muito tempo tive quase o suficiente, nos últimos anos tive um pouco mais que o suficiente. Recentemente aprendi e senti, que a abundância não é ter muitos bens materiais e uma gorda conta bancária. É um sentir. É sentir confiança e tranquilidade quanto ao amanhã e quanto à minha capacidade de criar aquilo que quero.

Não deixa de ser engraçado que há medida que o tempo passa tenho menos dinheiro, mas sinto-me mais abundante: é apenas uma experiência, sinto lá no fundo que está tudo bem, que não há culpados nem lutas para travar.

Mas mesmo assim ainda sentia alguma resistência, sentia o esforço que estava a fazer para ter dinheiro e parecia não sair do mesmo lugar. Uma voz muito baixinho dizia-me que algo não estava bem... eu não estava a fluir, estava a lutar...

E eu sei, sinto-o, sei-o no coração, que a vida é simples, fácil e fluída. Mas a minha não estava a ser assim. Há umas 3-4 semanas parei de lutar, estava farta, cansada e estava no mesmo sítio...

Já tinha olhado de frente as minhas crenças de que a vida é difícil, que é preciso esforço para se conseguir algo, que a vida é madrasta, etc, etc... Já tinha percebido que tinha medo do sucesso, do que os outros possam pensar, do que eu possa fazer com poder/dinheiro, mas mesmo assim continuava no mesmo sítio...

Hoje, enquanto reflectia percebi que a minha falta de abundância é um jogo que ando a jogar há algum tempo: o de precisar de algo dos outros - que me comprem coisas, que me ajudem, que me protejam, etc, etc...

O que acontecerá se eu deixar de ser pequenina, indefesa, pobrezinha? Se não precisar da ajuda dos outros? Gostarão de mim mesmo assim? E será que tenho suficiente amor por mim mesma para me libertar deste jogo, para ser independente e abundante, para enfrentar a mudança que isso trará? Não sei, mas não importa, estou disposta a arriscar :)

Chega de ter o suficiente. Basta de não realizar os meus sonhos, de não expressar Tudo O Que Sou porque falta alguma coisa. Estou farta. Chega deste jogo, quero jogar outra coisa.

Eu Sou O Que Eu Sou, aqui e agora.

Relacionamentos

Uma conversa interessante sobre relacionamentos.

Aprendemos desde sempre que devemos ser simpáticos, sorrir... enfim, ser politicamente correctos para que gostem de nós. Mas gostam mesmo? E onde fica o amor por nós? E a nossa verdade, deitamo-la fora?

Ninguém consegue curar as nossas feridas e a nossa falta de amor, excepto nós mesmos. Mais cedo ou mais tarde o outro mostra-nos aquilo que não queremos ver em nós: a falta de amor e respeito, a dor, a sombra...

Como diz o Osho há o amor de pedinte e o amor de Imperador: um pede, precisa do outro, o outro dá o amor próprio que transborda de si mesmo.

Já há algum tempo que procuro este amor por mim mesma, mas tem sido muito remar contra a maré. Está por todos os lados o "sê simpática, sorri, ajuda os outros"... o reflexo da culpa que ainda carrego pela procura do amor por mim mesma...

Eu Sou O Que Eu Sou.