Eu continuaria muito viva :)
Estava a ficar sem dinheiro, a Nutrillius ainda não cresceu o suficiente, ou eu não criei ainda abundância para mim mesma... arranjei um part-time, 2 para ser mais correcta. Várias pessoas perguntaram-me se estava arrependida de ter deixado o meu emprego anterior para fundar a Nutrillius, respondi-lhes que não.
Jamais me arrependerei desse salto no desconhecido. Posso ter que ir viver com a minha Mãe ou perder mesmo tudo e tornar-me uma sem-abrigo, que mesmo assim terá valido a pena.
A experiência que isso me trouxe não tem preço: a de confiar em mim mesma, no meu coração. Saber que saltarei novamente no abismo se o coração mo pedir, saber que confio incondicionalmente em mim mesma (embora por vezes ainda questione), isso é algo que vale todos os dissabores.
Tudo isto trouxe-me uma perspectiva completamente nova de mim e da vida, dos outros, que de outra forma não teria. Gosto de quem sou hoje e não o trocaria por um emprego "seguro".
Eu Sou O Que Eu Sou e sinto uma imensa paz nisso, uma paz de onde emerge uma alegria contagiante que me faz rir e chorar, tudo ao mesmo tempo. A vida é tanta. Eu tenho tanto para dar a mim mesma, por onde tenho eu andado este tempo todo? Talvez a fugir de toda esta abundância, das emoções e sentimentos. E se a vida for apenas fantástica, plena, e se for apenas amor? Não é assustador? Uma parte de mim acreditou durante tanto tempo que era apenas dor... vivi tanto tempo aí, que apesar de horrível parece um sítio confortável: é conhecido... o desconhecido é aterrador: o que irei sentir? Será bom, será mau?
Argh, os pensamentos/mente não têm um botão de desligar? Quero deixar de ficar perdida nos meus pensamentos de medo e dor, quero abraçar esta sensação fantástica de vida e amor e Viver, viver realmente, sem barreiras, sem limitações, sem Ses nem Mas...
poucochinho
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Em Terras de saberes e sentires,
prazeres e menires, levantei o pano de cetim.
Além estórias, mares e glórias,...
sem eira nem beira, sem trono ou bande...