Um título pouco usual para um post espiritual. Mas a verdade é que o universo, a energia, Deus, qualquer que seja o nome que lhe dão, fala-nos nos mais pequenos detalhes da vida.
Tenho um vaso de cebolinho na cozinha e há algumas semanas (meses talvez) encontrei-o murcho, pensei que me tinha esquecido de o regar e nos dias seguintes reguei-o e cuidei dele com muita atenção... mas nada, continuava murcho, pensei que não tinha salvação. Senti-me responsável, não tinha cuidado bem dele.
Não cortei as folhas ainda verdes na esperança que se reanimasse, embora tivesse muita vontade de as juntar à sopa :)
Há poucos dias descobri algumas pequenas folhas tortas e enroladas. Estava a rebentar, mas as folhas novas não conseguiam nascer devido às velhas ainda lá estarem.
O cebolinho não tinha morrido por falta de água, estava apenas a passar o frio do Inverno na Terra. Se estivesse na rua todas as folhas teriam morrido e as novas podiam nascer livremente. Mas ali, na cozinha, eu agarrei-me ao passado e não desci florescer o presente... o presente da Mãe Terra.
Não se constroi sobre os escombros, é preciso deixar partir o que passou para podermos abraçar o que o presente nos traz.
poucochinho
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Em Terras de saberes e sentires,
prazeres e menires, levantei o pano de cetim.
Além estórias, mares e glórias,...
sem eira nem beira, sem trono ou bande...
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