Fui andar um pouco e vi um caracol atravessar a rua. Admirei a sua coragem e determinação. Ele, tão pequeno e indefeso, aventura-se naquela travessia imensa e cheia de perigos como se nada fosse.
Pensei para mim: porque não fica ele na segurança das ervas? Mas a verdade é que não há nenhum sítio verdadeiramente seguro e ficar lá apenas por medo, é deixar de viver. É morrer aos poucos, um bocadinho cada dia.
Olhei para mim e pensei na quantidade de coisas que deixo de fazer por medo, porque escolho aquilo que me parece mais seguro. Deixo de viver, encolho a minha alma mais um bocadinho, por pura cobardia. E fi-lo tantas vezes...
poucochinho
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Em Terras de saberes e sentires,
prazeres e menires, levantei o pano de cetim.
Além estórias, mares e glórias,...
sem eira nem beira, sem trono ou bande...
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