Nesta minha luta para deixar esta sociedade materialista percebi que estava cada vez mais presa e era mais difícil partir. Quanto mais lutava mais emaranhada ficava.
Questionei-me sobre esta minha súbita aversão a esta sociedade e sobre o facto de me sentir cada vez mais presa a ela... percebi que ela, como tudo o resto, é uma co-criação minha. Esta sociedade reflecte um aspecto de mim mesma que não quero ver: a fuga aos sentimentos e às emoções. A busca dos aspectos materiais como desculpa para não continuar a minha caminhada... porque caminhar nem sempre é fácil e às vezes parece tão simples esquecer tudo e sentar-me no sofá a ver televisão...
A única solução é aceitar que os outros persigam as suas próprias caudas, se é essa a sua escolha. Aceitar que por vezes também o faço, também me escondo, também deixo de ouvir o meu coração e de seguir o chamamento da minha alma.
Depois de perceber isto, aconteceu algo fantástico. De repente, olhei os queixumes e os problemas dos que me rodeiam apenas com amor. Senti que eles, como tudo o resto, são apenas partes de mim... perdidas, na procura do sentimento de união e de amor incondicional. Uau... nem sei que diga... foi uma sensação extraordinária.
Há algum tempo, depois de ler a página da Élia, perguntei a mim mesma qual era o anseio da minha alma. A resposta foi imediata: amor e entrega. Acho que dei mais um passo na entrega à dança cósmica de energia vital que é vida.
poucochinho
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Em Terras de saberes e sentires,
prazeres e menires, levantei o pano de cetim.
Além estórias, mares e glórias,...
sem eira nem beira, sem trono ou bande...
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