Hoje sinto-me renascer. Mais forte, mais determinada, com a certeza que sou eu quem comanda a minha vida. Sinto-me renascer das cinzas do que fui: uma vítima, uma desgraçada, alguém sem poder de escolha. Hoje sei que não sou nada disso. Sou muito, muito mais.
Sinto-me renascer mais forte e poderosa. Quero abrir as asas e mostrar toda a minha beleza. Voar livre pela vida.
Sei hoje que nunca fui fraca, vítima, desgraçada... eu é que me coloquei nesse papel, tirei a mim mesma todo o poder e dei-o aos outros. Pois, hoje, escolho viver por minha conta e risco. Eu sou responsável pela minha vida. Mais ninguém, só eu.
Hoje sinto um profundo respeito por mim mesma. Sinto-me forte, capaz de viver a vida por mim e para mim. Capaz de abarcar a vida na sua totalidade, completamente.
Acho que estou a criar as raízes que pedi :)
É um misto de dor e alegria. Dói mudar, mas há uma profunda alegria por saber que me estou a tornar em quem nasci para ser. Estou a deixar sair todo o meu potencial, tudo o que posso ser, cá para fora.
Percebi porque é que em tantas religiões, senão todas, as pessoas se ajoelham ou sentam no chão. Também eu hoje senti essa necessidade, mais forte que nunca. Porque é da terra que vêm a força para crescermos em toda a nossa beleza em direcção ao céu azul e estrelado.
Sinto essa força dentro de mim, a crescer, a mudar-me, enquanto escrevo estas palavras sentada no chão. Sinto-me voltar ao início, à semente de quem sou, aninhada na Mãe Terra, onde posso ganhar raízes e daí crescer para a vida.
Hoje já não me sinto uma vítima da vida. Sei que posso escolher. No mínimo, posso escolher como encarar as situações que encontro. Mas sei que é muito mais que isso, eu posso escolher a vida que quero. Eu posso, sozinha, decidir a vida que quero ter.
Sentir este poder é fantástico. Permite-me olhar a vida de outra perspectiva. Já não sou uma vítima sem escolha, eu escrevo esta história magnífica que é a minha vida.
poucochinho
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Em Terras de saberes e sentires,
prazeres e menires, levantei o pano de cetim.
Além estórias, mares e glórias,...
sem eira nem beira, sem trono ou bande...
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